Sobre o perito de acidente de trânsito

Até mesmo pela responsabilidade das nossas funções, pela imposição da vida moderna, com tanto conhecimento disponibilizado, e pela repercussão que nossos atos tem no contexto da axiologia humana, pelos quais espera-se de cada um a plena consciência das suas manifestações, continuamente procuramos desempenhar nossos ofícios da melhor maneira possível, conduzindo-os com suficiente conhecimento de causa, nos afastando da superficialidade dos fatos, penetrando na essência dos acontecimentos.

Quer defendendo, contestando, julgando, acusando, interrogando ou, simplesmente, formulando questões de esclarecimentos, não basta o bom senso, o achismo a intuição, a vivência do dia a dia, os atributos pessoais natos, ou até mesmo a racionalidade na apreciação ou discussão das questões, pois esta, indo além da lógica, desassistida por um conjunto de conhecimentos mais amplos, fatalmente pode conduzir ao individualismo, instalando a disfunção que ficou batizada como paralisia de paradigma ou doença fatal da certeza referida por Thomas Kuhn em seu livro A estrutura das revoluções científicas.

Tendo por objetivo precípuo estabelecer uma ponte, um canal de comunicação, uma perfeita sintonia entre o mundo jurídico e o da perícia de acidente de trânsito, o trabalho do perito é especialmente dedicado a aplicadores e operadores do direito.

Ao lado dos necessários conhecimentos específicos traduzidos em linguagem simples e objetiva, a obra o trabalho do perito incorpora os procedimentos de análise de laudos e pareceres técnicos, amplificado a compreensão, guindando-os a um patamar que lhes credencia a navegar com total segurança nesses domínios para exercer do raciocínio crítico com tais elementos, questionando com prioridade, referendando ou reformando conclusões ou opiniões. Sua pretensão é demover muralhas, implementando uma orientação prática, objetiva e substanciosa para todos os que militam na área.